Eólicas já são a 2º maior fonte de geração no Brasil

A Energia Eólica hoje representa 9,2% da matriz energética brasileira

No mês passado (março/2019), a geração de Energia Eólica atingiu um marco histórico no setor elétrico brasileiro, chegando a 15 GW de capacidade instalada e tornando-se a segunda maior fonte de geração de energia no país – representando 9,2% da nossa matriz energética.

Atualmente existem 601 parques eólicos em operação no Brasil (espalhados pelas regiões sul, sudeste e nordeste). A capacidade de geração dessas usinas somadas já é superior à da usina hidrelétrica Itaipu, segunda maior hidrelétrica do mundo, com 14 GW de capacidade instalada – atrás apenas da usina Três Gargantas, na China, com 18 GW.

Com o intuito de ilustrar a presença dos ventos em nossa matriz energética, a Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEólica elaborou o gráfico abaixo, no qual é possível ver o percentual de cada fonte na matriz.

Matriz Elétrica Brasileira (%)

No gráfico apresentado, os combustíveis fósseis foram separados em petróleo, carvão e gás natural – que geralmente são agrupados em combustíveis fósseis. Importante salientar que existem diversas formas de se apresentar uma matriz. Quando essas três fontes de são divididas, a energia eólica se destaca, tornando-se a segunda maior fonte de geração.

As hidrelétricas lideram o ranking com 63,9% do total (104,5 GW). Logo atrás temos as eólicas com 15,1 GW (9,2%), biomassa com 14,8% (9 GW), gás natural com 13,4 GW (8,1%), petróleo com 9,9 GW (5,4%), carvão mineral com 3,3 GW (2%), solar com 2,1 GW (1,3%) e nuclear com 2 GW (1,2%).

Existem outros 4,6 GW de eólicas contratados ou em processo de construção, isso significa que ao final de 2023, teremos no mínimo 19,7 GW – levando em consideração somente contratos já viabilizados em leilões e com outorgas do mercado livre publicadas e contratos assinados até o momento.

Um Mercado em Plena Expansão

Existe um fator que deve ser sempre destacado: a qualidade dos ventos no Brasil extremamente favorável à geração de energia eólica. De acordo com Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, “Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em cerca de 25%, o Fator de Capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%, sendo que, no Nordeste, durante a temporada de safra dos ventos, (…) é bastante comum parques atingirem fatores de capacidade que passam dos 80%. Isso faz com que a produção dos aerogeradores instalados em solo brasileiro seja muito maior que as mesmas máquinas em outros Países.”

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, no ano de 2018, foram produzidos 48,4 TWh de energia elétrica – isso representa 8,6% da geração injetada no Sistema Interligado Nacional – SIN no período. Comparando com 2017, o crescimento na geração de energia eólica foi de 14,6%, ao passo que a geração geral cresceu 1,5%.

A título de comparação, é possível afirmar que o volume de energia gerado pelas eólicas em 2018 foi suficiente para abastecer, em média, 25,5 milhões de residências – ou 80 milhões de pessoas. Ainda de acordo com Elbia, “Somos abençoados não apenas pela grande quantidade de vento, mas também pela qualidade dele”.

Safra dos Ventos

No Brasil, especificamente na região nordeste, existe um período entre junho e novembro que é chamado de safra dos ventos, no qual os ventos estão em sua produção máxima. Para se ter uma dimensão do que isso significa, em 2018, durante a safra dos ventos, as eólicas chegaram a atender 14% do Sistema Interligado Nacional – SIN. De acordo com o Operador Nacional do Sistema – ONS, no dia 19 de setembro de 2018 (quarta-feira), a energia eólica atingiu 13% de atendimento – recorde nacional na média do dia.

De fato, o nordeste brasileiro é provido de ventos excepcionais para a geração de energia eólica, os recordes de atendimento a carga atualmente ultrapassam 70% em uma base diária. O recorde mais recente da região aconteceu em 2018, no dia 13 de novembro (domingo), às 9h11, momento em que toda a região nordeste foi abastecida pelas eólicas e ainda houve exportação dessa fonte, pois o volume gerado atendeu a 104% da demanda, com 86% de fator de capacidade. No mesmo dia, o Nordeste foi abastecido pelas eólicas durante duas horas.

É válido ressaltar que está ocorrendo uma mudança significativa no setor: a região nordeste assume em diversas ocasiões a figura de exportador de energia, algo incomum nesse submercado, que é, historicamente, um importador de energia.

Novos Leilões de Energia

Em 2018, foram realizados dois leilões de energia nova, A-4 e A-6. No leilão A-4, realizado em 04 de abril, quatro projetos foram viabilizados – totalizando 114,4 MW de potência e 33,4 MW médios de garantia física contratada – os quais deverão iniciar o fornecimento a partir de 01 de janeiro de 2022. Já no leilão A-6, realizado em 31 de agosto, houve uma notável contratação das eólicas – 44 projetos, totalizando 1.136,30 MW de potência e 420,10 MW médios de garantia física contratada – os quais deverão iniciar o fornecimento em 01 de janeiro de 2024.

No total, foram contratados 1,25 GW de capacidade instalada, divididos entre 48 parques eólicos [1] nos leilões regulados de 2018.

2018 também foi um bom ano para as eólicas no Mercado Livre de Energia, que tiveram participação em três grandes leilões privados voltados para a comercialização de energia renovável, promovidos pela CEMIG e Casa dos Ventos. De acordo com Elbia Gannoum, “Embora os números dessas operações não tenham sido divulgados por fontes, estimamos que (…) as empresas de energia eólica venderam cerca de 2 GW de capacidade instalada para o mercado livre em 2018, o que demonstra que este mercado vem se expandindo consideravelmente para o setor eólico. Considerando, portanto, os contratos de leilão e a estimativa de venda no mercado livre, tivemos uma contratação estimada de 3,2 GW em 2018”.

[1] O total se restringe à 48 parques, pois 4 parques comercializaram apenas parte de sua garantia física e, portanto, participaram dos dois leilões.

Atualmente existem dois leilões agendados para 2019 – um A-4, que ocorrerá no dia 28 de junho, e um A-6, que será realizado em 26 de setembro.

A VILCO no Mercado de Eólicas

Especializados em projetos eólicos e reconhecidos por nosso padrão de excelência, oferecemos know-how em avaliação de recursos eólicos, estudos de micrositing e estimativa da produção de energia eólica, além de outros serviços como diligenciamento técnico e avaliação de desempenho operacional de centrais eólicas. Participamos no desenvolvimento de importantes projetos no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Contamos com a parceria exclusiva com a EMD International A/S – empresa dinamarquesa referência no setor eólico. A parceria da VILCO|EMD iniciou-se em 2010, com o objetivo de trazer para o mercado eólico brasileiro o pioneirismo da Dinamarca em projetos e consultoria, somado à qualidade e excelência técnica da VILCO. Nossos consultores são usuários especialistas dos softwares desenvolvidos pela EMD – os mais utilizados do mundo em planejamento, projeto e monitoramento de parques eólicos.

Fonte:

Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEólica: http://abeeolica.org.br/noticias/eolica-ja-e-a-segunda-fonte-da-matriz-eletrica-brasileira-com-15-gw-de-capacidade-instalada/

Por: Equipe VILCO

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